sábado, maio 5

Que raio de nomes!

Hoje quando estava numa fila para ser atendido, uma senhora à minha frente, tinha o seguinte nome: Maria de Lurdes Nervosa.
De imediato veio-me uma história verídica da terra onde nasci.
Antigamente era normal os conservadores em início de carreira mudarem de conservatória com frequência e como consequência de terra. Quase ano após ano, lá sucedia a passagem para outra localidade e ainda hoje se mantém um bocado essa tradição.
Há cerca de 80 anos a Mira foi parar um Conservador novo vindo não sei de que terra, ao registo civil. Desconhecia Mira e os hábitos daquela gente.

Nasce uma menina na terra e o pai vai ao registo civil para registar a filha. Passa-se o seguinte diálogo:
Pai - Srº Conservador venho registar a minha flha que nasceu...
Conservador - E que nome lhe quer pôr?
Pai - Prante-lha "Ana Jesus da Costa", Srº Conservador...

Acontece que o conservador não conhecia o dialecto dos antigos mirenses que usavam a expressão prante-lhe como significado para coloque-lhe. O Conservador em vez de registar a Srª como Ana Jesus da Costa registou-a conforme o pai da criança lhe falou e assim ficou registada como "Prantelhana Jesus da Costa". Ainda conheci em vida esta senhora que passou a ter um nome único na Vila, não conhecendo eu nenhum registo posterior a este com o mesmo nome na terra.

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